Depois de muito ouvirmos inúmeras histórias sobre a Indomit, chegou a nossa vez de conferirmos a prova na edição Vila do Farol.
Pela tradição e anos de realização, prometia entregar uma experiência impar e assim foi, começando pela definição do percurso de 42 k caprichados, podendo ser feito solo ou em dupla dividido por trecho.
Eu, César de Castro, optei pelo trecho 01. O motivo foi o estudo da altimetria da prova no material oficial e pela declaração do super campeão Giliard Pinheiro, reforçando que o trecho 01 seria mais técnico e o segundo para desenvolver velocidade.
Gosto de trail run da pesada e foi isso que a organização entregou, subidas, muita lama e terra batida super escorregadia e em alguns trechos erosão com mais de 70 cm de profundidade sem falar em desníveis de mais de um metro.
Passando a placa de 5k é que a brincadeira começava para valer e já na placa 7k já estava instalada a quebradeira inicial!
Quem corre corre, quem trota trota ou quem correr na velocidade de trote, trota ou anda!
Resumindo uma dica de um amigo atleta do Bope /RJ; se na subida a velocidade andando forte for a mesma que trotando, ande, economize energia e/ou se recupere, pois no final essa economia talvez seja o impulso final que fará toda diferença!
Reforçando essas palavras o super ultra Marcio Villar dá as mesmas orientações, além de aconselhar o uso do bastão em determinadas situações. Sim, é preciso aprender a usar esta ferramenta para obter a coordenação e o melhor rendimento!
Nessa edição, Márcio esta nos 42k solo se preparando para o próximo desafio, o Caminho de Compostela em tempo recorde!
No Morro das Antenas , para cima e avante!
E em poucos metros…
…o single track estaria em sua totalidade ou seja, só passa um a um!
e chegando os 11 k…
…primeiro visual…
e mais 10 k pela frente!
Subidas para todos os gostos e areia no final.
Os experientes sem bastão criaram seus cajados com o que encontraram. Quem sabe mais sofre menos.
E a primeira parte feita! 21k fechados!
Minha conclusão e observações do trecho 01 : Se não me entregasse a performance sem medo na medida certa e assumisse o percurso, a chance de cair era maior, então a opção foi descer embalado e nos toques técnicos e saltos .
Se fosse devagar , o famoso “Chão” ou tombo seria inevitável por conta do solo estar super escorregadio e sem opções de acessos paralelos , ou quase nada para escolher a trajetória e avanço.
Tomei três tombos de dar gosto, mas como estava na maior adrenalina do jeito que caí levantei e segui.
Só ouvi o pessoal atrás de mim pronunciar o .. UHHHH, sem falar o que devem ter pensado…morreu, na leitura subliminar, rsrsrs!
Uma parte considerável era sigle track e numa ultrapassagem pela esquerda em uma baixada critica me deparei com uma poça dágua e lama, e enfiei a perna esquerda até a coxa em um mega buraco camuflado pela água… a sorte é que o tênis não saiu e segui em frente. O uso da polaina certamente ajudou! Alguns equipamentos são essenciais neste tipo de prova.
21 kms e estava no ponto de transição para Sheila seguir para o trecho 2. Passei o chip dando risada e comentei com a organizadora: me diverti muito! E ela disse… nota-se pelo seu estado, rsrs, pois estava de lama em todo corpo e carrapichos na camisa fora os ralados.
Só depois que a Sheila saiu fui me hidratar e comer umas frutas que percebi os arranhões no joelho direito por conta da maior queda e a mão esquerda toda ralada e cortada superficialmente em boa extensão pelo contato com mato e as quedas também.
Depois de aguardar alguns amigos passarem o 21 km como o Ultra Márcio Villar e o blogueiro Harry, peguei a van e fui para a chegada aguardar a turma!
Eu, Sheila saí tranquila, é a segunda vez que aguardo mais de duas horas para largar devido ao revezamento, a primeira foi na TurtleRun. Cada um reage de uma forma com a espera, eu faço amizades, curto o cenário e acabo ficando relaxada demais. Quando o Cesar chegou fizemos a transição mais tranquila da prova.
Confesso que não tinha a minima ideia do que iria encarar, mas imaginava algo como trilhas, subidas pesadas que te mostram os melhores visuais e assim foi, superando a minha imaginação pois eu não conhecia o local.
Um ponto muito positivo da prova é ter trilha que dá para desenvolver na corrida de forma fluída, é dificil encontrar um cenário tão perfeito assim. (imagens no video)
Me diverti, me emocionei, fiquei com vontade de fazer de novo e melhor.
No mais é só conferir o vídeo e se preparar para as próximas etapas, afinal Costa Esmeralda está prometendo principalmente com os 100k e as 100 milhas! Resumindo é a hora de libertar a sua parte indomável na natureza e aproveitar porque certamente vai pagar o preço mas a recompensa será infinitamente maior!
Até breve!!!
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