A nossa realização está em compartilhar experiências, saber que alguém deixou o sofá para sentir um pouquinho deste prazer que é colocar o corpo em movimento e liberar a endorfina para combater os efeitos nocivos do “estresse crónico” alimentado por nós no nosso dia a dia.

Vamos a experiência ATVD360 narrada pela nossa amiga maratonista e rainha do mar, Deiseane Andrade. Pessoa que mora no nosso coração e é um grande exemplo a ser seguido pela força e dedicação para ter um estilo de vida saudável.
Domingo, 24 de abril de 2016. Começar uma história pela data pode ser clichê, mas depois dos 40, acredite… isso é muito… muito importante! São 4h50 da manhã. Relógio programado para despertar às 5h00. Insônia insistindo em poupá-lo de seu trabalho bem antes disso, acompanhada pelo seu fiel escudeiro, o Soldado Desânimo, sedento pelo desejo profano pelo “fazer nada, não querer ver ninguém, absolutamente nada nem ninguém!”. Alguém aí se identifica com a imagem bem nítida dessa ratoeira?
Então… o jeito é focar no presente. Um dia por vez. Uma vitória sempre nos espera. Uma prece cai muito bem agora, ao pular da cama, o momento é esse. Além de pedir, pedir e pedir, fica pro final, justamente por ser mais importante, o agradecer. De especial pra hoje: #casalquecorrepedalaenada. É para agradecer ou não é? É, e sempre será, um alento para o coração, a energia dessa dupla.
Eles programaram chegada na Vista Chinesa pela Trilha Horto Vista Chinesa, seguindo para a mesa do Imperador, pegando a Trilha Transcarioca rumo ao Mirante do Morro do Queimado, e voltando tuuuudo até o ponto de partida. Bora Superativar Trezentosesessentamente.
Engarrafamentos e contratempos fiz grupo se reunir na íntegra apenas já na Vista Chinesa, pois uma parte subiu, como o planejado, pela trilha, e quem se atrasou, subiu correndo pela Estrada Dona Castorina pra ganhar tempo. Foi perfeito. A corridinha e o encontro de toda a turma dissipou, “BÚÚÚÚÚ”, de vez o que insistiu em não ficar láááá na cama, junto com o edredom e os chinelinhos de estimação.

Fotos, conversa, novos amigos recentissimamente feitos, muuuito calor, todos já extasiados e esparramados com tamanha descontração pós esforço da primeira etapa da jornada. Tudo muito bom, mas o passeio está só começando. Próxima meia parada, Mesa do Imperador. Mini percurso íntimo dos treinos de corrida, dessa vez especialmente mais habitada do que de costume, por conta do feriado, o que não descredenciou em nada o prazer de chegar até ali com a galera e apreciar de soslaio o visú já conhecido, mas que ninguém nunca cansa de olhar e sentir ao vivo e a cores.
Vista . Mesa do Imperador
. Mirante do Morro do Queimado, aqui vamos nós. E não é que o grupo cresceu ao juntar-se a uma família que estava desistindo da trilha, mas que retomou o percurso ao ser informada que a trilha não era longa nem difícil? A informação mais exata seria: nível de dificuldade entre “muito fácil” e “deu pra cansar hein!”. Sim, cansou. Mas lá do alto, de um platô camuflado entre as rochas, a recompensa. Um pouco de conversa, um pouco de silêncio e introspecção, um muito de deslumbramento com a calma transmitida pela cidade ilusoriamente adormecida lá de cima e cravada entre tanto, mas tanto verde e o mar. Provando que cada pontinho desse universo disponibiliza gratuitamente, a todos que param, escutam e sentem, a sua energia delicadamente a fluir. Não é pouca coisa não!!

Todos renovados, apesar de cansados, hora de voltar…
Já na retomada da trilha, milhares de pedrinhas soltas e o chão extremamente seco transformaram trechos da descida em armadilha, e perder o equilíbrio não era uma exceção. Entre derrapagens e escorregões, uma integrante do grupo se acidentou. Muita calma. Parem todos. Senta, respira, avaliação rápida de danos. Muito companheirismo. Retomamos a descida em marcha bem reduzida, com direito a carona nas costas e o bom humor garantindo o astral em alta.
Até que…: um cão disfarçado de lobisomem! Latidos e aproximação pouco amistosos despertaram nossos apitos a todo o vapor. E,assim, a luta com o folclórico habitante da floresta, apesar de breve e facilmente vencida, sem violência ou sustos maiores, pareceu durar uma eternidade. Apito: item obrigatório para passeios em trilhas. Hoje ele funcionou abençoadamente bem.
Passado os dois sustos, chega né? Só que não. Pra fechar o pacote de emoções, hora de ver de perto, fazendo parte da coisa, os garotos da MTB barbarizarem descendo pela trilha a mil! Isso sim é adrenalina de verdade. Era um grupo de vários rapazes, que desciam sem chance de parar, sinalizando com gritos, para que os trilheiros deixassem o caminho livre. Eles já haviam passado subindo e avisando a todos que o “esquema” era esse. Funcionou!
Concluída a parte mais pesada da descida, mais uma caminhada livre até o ponto de partida, um lanche/ almoço pra fechar o passeio com chave de açaí (sim açaí pra essa turma vale muito mais que ouro)… E a lembrança, pra sempre, de um dia incrível. Tipo, de fechar os olhos, com a trilha sonora preferida ao fundo e o filminho dos melhores momentos passando!
Obrigada Atividade 360. Obrigada muita coisa mesmo!
Por Deiseane Andrade
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